Identificando e Mapeando os Sentimentos:

Reconhecer e aceitar os nossos sentimentos auxilia a reconstruir o nosso senso de identidade. O nosso sistema emocional é a ligação mais verdadeira com a nossa alma. É por intermédio dos nossos sentimentos que nos conectamos com os nossos interesses. Quando olhamos algo ao qual gostamos, reagimos de forma positiva. Se não nos identificamos com algo ou alguém, as nossas emoções avisam o que ou a quem devemos evitar. Os nossos sentimentos, favoráveis ou não, são fontes sábias de autoconhecimento, desde a nossa infância eles nos guiam na direção dos nossos talentos. Aquilo que fazemos bem feito e sem resistência reflete uma aptidão natural. A qualidade dos nossos sentimentos nos ensina a amar o que amamos e a detestar o que detestamos. Quando damos ouvidos aos nossos sentimentos, permitimos que a nossa essência se desenvolva de forma autêntica. Identificar sentimentos é uma prática saudável que visa guiar o autoconhecimento de maneira efetiva. Saber o que estamos sentindo nos ajuda a observar o momento e agir de maneira apropriada. Apenas o ato de contextualizar o que sentimos através de uma palavra contribui positivamente para diminuir o nosso desconforto. Reconhecer as nossas reações emocionais é um ato de respeito a nós mesmas e ao nosso próprio corpo. Se algo está requerendo a nossa atenção é porque, provavelmente necessitamos disso, de uma maneira ou de outra. Dependendo da situação em que estamos, enfatizar momentos agradáveis é suficiente para provocar uma mudança geral de humor e atitude. Pessoas que convivem ou conviveram com alguém que tem o transtorno de personalidade narcisista, foram expostas a um período prolongado de crítica destrutiva e tendem a avaliar a própria experiência de uma maneira predominantemente negativa. Não precisamos possuir um vasto conhecimento em fisiologia para saber que o nosso corpo, não somente a nossa cabeça, é afetado por manifestações emotivas. Quem já sofreu com a ansiedade ou a depressão sabe o efeito que as emoções produzem no organismo. A inquietude ou a irritabilidade, por exemplo, fazem com que o nosso coração bata mais rápido. A tristeza persistente provoca letargia e a falta de sono, entre outros. Ainda que alguém se sinta inclinado a ignorar como se sente, intelectualizando a sua experiência sempre que se sentir emocionalmente desconfortável, o corpo não mente. Dores frequentes de estômago, pescoço ou cabeça podem significar problemas de origem emocional. Reconectar-se com os nossos sentimentos também inclui reconhecer os efeitos que estes provocam em nosso corpo. Mapear os sentimentos nas diferentes áreas do nosso corpo, sejam externas ou internas, contribui para o processo de autoconhecimento e congruência com o nosso eu verdadeiro. Quando processamos a mensagem que o nosso corpo está comunicando, cultivamos um relacionamento coerente também entre os nossos sentimentos e os nossos atos. Aprendemos a conectar o efeito que a nossa atitude provoca no nosso bem-estar físico. Este conhecimento permite respeitar o nosso corpo e os nossos próprios limites com maior facilidade. Cada um tem uma maneira única de sentir. Existem, no entanto, algumas sensações que são comuns a determinados problemas, como a depressão e a ansiedade. Insônia, palpitações, tremores, falta de apetite, apetite exagerado, cansaço, falta de concentração, dores musculares, de cabeça ou de estômago, problemas intestinais ou sistema imunológico enfraquecido correspondem a sintomas de problemas emocionais. Se uma pessoa está exibindo um ou mais dos sintomas descritos e acredita estar sofrendo de depressão ou ansiedade, é recomendável consultar um profissional especializado. Independente do momento em que alguém esteja vivendo, o nosso corpo permanece uma fonte de extrema sabedoria, portanto, precisamos dar ouvidos a ele.

8/2/20231 min read

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